[ARTIGO] Prestação de serviços: qual o grande desafio?, por Carlos Kelsen

Como prestador de serviços jurídicos tenho buscado compreender cada vez mais o mercado da advocacia, através de todos os outros serviços que contrato ou que acompanho a execução no meu dia a dia.

É tanto que, no artigo intitulado “Você já IMAGINOU apresentar as REGRAS do atendimento ANTES da chegada do CLIENTE ao seu ESCRITÓRIO?” registrei a maneira de aplicar a lógica do restaurante Guri na atividade de um escritório de advocacia.

No artigo de hoje, extraio de mais uma experiência vivida em um restaurante o questionamento da semana: Prestação de serviços: qual o grande desafio?

Visitando João Pessoa, no Estado da Paraíba, acompanhando meu filho nos Jogos da Amizade, tive a oportunidade de conhecer o restaurante Al Dente.

Comida contemporânea, música de qualidade e uma boa companhia, era o cenário da noite.

Como temos como regra – eu e minha esposa – se bebermos não dirigimos, estabelecemos que quem desfrutaria do vinho seria eu, sendo minha esposa eleita a motorista da rodada.

Ao chegar ao restaurante e logo após nos acomodarmos em uma mesa, juntamente com o casal amigo que nos acompanhava, pedimos um Chopp para declararmos abertos os trabalhos etílicos.

Na sequência, como estavamos com duas crianças com sono – a minha filha e uma amiga – fomos transferidos para uma mesa composta de um sofá para que elas deitassem.

Após pedirmos os pratos, teve início o que conceituo como diferencial da prestação de um serviço, um garçom que sequer era responsável pelo atendimento da nossa mesa passou e perguntou:

– Vocês já pediram os pratos? Pediram o risoto de costela?

O detalhe é que ele perguntou e, em seguida, complementou:

– Se eu fosse vocês não deixaria de pedir…

Em resumo, ele nos “obrigou”, literalmente, a mudar de prato.

E nós, obedientes, mudamos. E não parou por aí.

A pergunta seguinte foi:

– Vinho tinto para acompanhar o risoto?

Ao ouvi nossa resposta “tinto”, logo chegou a sugestão de um autêntico malbec argentino que, segundo ele, estava em promoção.

Após o nosso segundo sim, tive a ideia de interpor um recurso da decisão da minha esposa de não beber vinho naquela noite e apresentei para o garçom os meus argumentos.

– Qual o seu nome?

E ele respondeu:

– Romário…

Por conhecer o jogador pela habilidade com a bola, soltei logo a piada:

– Entendi porque você é craque no atendimento.

E, em seguida, conhecido o recurso, fiz o pedido o pedido principal de provimento, no seguinte sentido:

– Romário, aqui em João Pessoa não tem o serviço de motorista da rodada? Afinal, minha esposa está sem beber pois foi escalada para dirigir e gostaríamos muito de contratar.

A partir daí, veio o diferencial da noite e, em especial, do serviço:

– Vou pegar uma taça para ela… Fiquem tranquilos que eu resolverei.

Apenas para que todos tenham uma ideia, encerramos a noite com o “garçom” dirigindo nosso carro até o hotel, sendo acompanhado por um colega que vinha de moto para pegá-lo, e nós – eu e minha esposa – felizes e remunerando o mais novo serviço de “motorista da rodada”.

De maneira resumida, o grande desafio de quem presta serviços – e com certeza dos advogados – é realmente atender os anseios, os desejos e as dores dos clientes, sendo naturalmente remunerado por isso.

Recomendamos o Restaurante Al Dente, desde que sejam seguidas as dicas do grande Romário…

*Figura extraída do https://espmjr.com/5-maneiras-de-como-encantar-clientes-no-meio-digital/

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